A alimentação desenvolve um papel importante na manutenção de nossa saúde. Uma alimentação saudável não se restringe apenas ao que comemos, engloba, também, a forma como nos alimentamos e a nossa relação com a comida e, nesse cenário o prazer é fundamental.
Na Doença Renal Crônica são necessários alguns cuidados com a alimentação que visam auxiliar no controle dos distúrbios metabólicos e manter ou recuperar o estado nutricional do paciente. Mesmo assim, é possível adaptar a alimentação para atingir hábitos saudáveis e preservar o prazer em se alimentar. Uma alimentação saudável e equilibrada auxilia nesse processo e pode contribuir para retardar a progressão da doença.
Com orientações adequadas você poderá melhorar a qualidade das suas refeições e assim beneficiar a sua saúde!
Devo parar de ingerir carnes?
A quantidade de carne de boi, frango, porco, peixe, que você deve consumir irá depender de como está o funcionamento dos seus rins. Para cada estágio da doença é recomendado um aporte proteico. O nutricionista é capaz de ajustar a quantidade de proteínas da dieta de acordo com as necessidades e preferências do paciente.
O consumo de verduras cruas é proibido?
Como as verduras são ricas em potássio e esse pode estar elevado na Doença Renal Crônica, muitos acreditam que se deve evitar o seu consumo quando estão crus. Verduras como alface, repolho e agrião podem ser consumidos crus desde que incluídos em meio a um plano alimentar equilibrado.
Independente da fase da doença é possível incluir na alimentação frutas, verduras, legumes e leguminosas (feijão) de acordo com suas necessidades. Não sofra com restrições desnecessárias! Posso lhe ajudar a enfrentar esse momento de forma mais leve e sem terrorismo nutricional.
E a Carambola?
A carambola é uma fruta que deve ser evitada em pacientes com doença renal crônica. Essa fruta possui uma neurotoxina chamada caramboxina que normalmente é eliminada do organismo pelos rins. Na vigência da doença renal, essa toxina não consegue ser eliminada corretamente causando alguns efeitos colaterais. Dentre os sintomas temos alterações neurológicas envolvendo soluços, confusão mental, agitação psicomotora e até casos graves como convulsões e morte.
A nutrição é fundamental em todos os estágios da doença renal, seja na fase não dialítica ou tratamento conservador ou na fase de terapia renal substitutiva em que temos a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante renal.
Minha grande paixão é trabalhar com pacientes com doença renal crônica, devido à importância que a alimentação exerce em seu tratamento!